Na quinta Feira santa uma celebração memorável de muita emoção e de bênçãos em nossa capela.
A presença de nosso Bispo Dom Liro e 70 padres de todas as 40 paróquias de nossa Diocese se fizeram presentes para celebrar a renovação dos compromissos sacerdotais e a bênção dos óleos para o Crisma, Batismo e Unção dos enfermos. Nossa comunidade viveu um momento inesquecível e agradece a Deus por esta oportunidade em comemoração ao ano jubilar de nosso Carmelo.
Somente no silêncio a pessoa penetra nas profundezas de Deus. Somente no silêncio ela capta grandes relações, sente a dor, a busca, os anseios e a alegria do outro. Se nos afastamos, é para enxergarmos mais longe. Para abranger na totalidade do amor de Deus, o mistério do mundo tão carente de amor e de paz. O mistério dos homens e mulheres, nossos irmãos e irmãs. Especialmente dos excluídos. Nas dificuldades da vida nunca deixe de olhar mais além! No horizonte sempre brilha uma nova luz!
VOCAÇÃO
Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?
do Carmelo?
Páginas
sábado, 31 de março de 2018
CRISTO RESSUSCITOU
“Eu creio num mundo novo, pois Cristo ressuscitou!”
Chegamos à festa que preparamos com tanto
empenho nas últimas seis semanas. Trazemos em nós a memória agradecida da
aliança realizada na última ceia e nas muitas e solidárias ceias penúltimas.
Trazemos nos olhos o sinal luminoso das mãos perfuradas e dos braços abertos em
forma de cruz, prontos a abraçar a humanidade inteira. Partilhamos com Madalena
o vazio de uma ausência querida. Trazemos na mente e no ventre o trabalho das
mulheres e homens, comunidades e movimentos que, no escuro da noite, prepararam
tecidos e perfumes para não permitir que morram os sutis fios da vida.
A Páscoa celebra o reconhecimento de Jesus – o
profeta perseguido e assassinado, o irmão e servidor da humanidade – como Filho
de Deus. Proclama que nele Deus vence todas as formas de morte, desde a morte
física até a morte progressiva e massiva, resultado das estruturas iníquas e
dos poderes despóticos. Anuncia que Jesus, considerado uma pedra sem utilidade
e problemática na manutenção do mundo velho, foi considerado por Deus como
pedra fundamental da construção de um mundo novo. Afirma que nossa esperança
dance na corda bamba, é teimosa e tem futuro.
A Páscoa de Jesus de Nazaré e dos cristãos
celebra as milhares de possibilidades escondidas na vida de cada pessoa e na
história da humanidade. Afirma que a última palavra não será sempre do discurso
frio daqueles que impõem sua injusta ordem e mandam calar os profetas. Proclama
que a ação realmente eficaz e grávida de futuro é aquela que estabelece a
absoluta superioridade do outro necessitado. Evidencia que a direção certa e o
sentido da vida está na atitude permanente de irmandade e serviço, no fazer-se
semente de uma outra vida, tão possível quanto urgente.
E essa ressurreição não é algo que se
manifesta apenas depois da morte. Paulo nos surpreende afirmando que os cristãos
já foram ressuscitados! Ele se refere ao dinamismo pascal do nosso batismo, que
possibilita e pede a passagem de uma vida individualista para uma vida plena e
solidária. “Procurem as coisas do alto”, exorta Paulo. E isso significa assumir
um estilo de vida centrado no amor, no serviço e na partilha, na busca de uma
segurança que tenha a justiça como mãe, na superação de todas as formas de
violência mediante uma fraternidade lúcida e profunda. O pecado ainda não perdeu totalmente sua
influência, mas está mortalmente ferido, e não domina mais sobre nós.
A ressurreição de Jesus não é algo que se
impõe com força de evidência, e não vem acompanhada de manifestações potentes.
O dia já havia amanhecido, mas na cabeça de Maria Madalena e dos apóstolos a
experiência do fracasso pairava como escuridão. Só muito lentamente eles foram
percebendo que os lençóis estendidos não estavam lá para cobrir um morto mas
para acolher as núpcias de uma nova aliança de Deus com a humanidade. O sudário
sim, depois de cobrir a cabeça de Jesus, agora estava à parte e envolvia totalmente
o templo, lugar onde a morte fora tramada e decidida.
Lembremos que a Páscoa de Jesus de Nazaré
inaugura uma Nova Criação. Ressuscitando e trazendo no corpo as marcas dos
pregos e da lança, ele é o Homem Novo, o Novo Adão, o Irmão primogênito e solidário
de todos os homens e mulheres. Os discípulos e discípulas se reúnem em torno da
sua memória e organizam comunidades que continuam seu sonho e seu caminho. E as
pessoas acolhidas nestas comunidades estabelecem vínculos que formam um Novo
Povo de Deus, a comunhão dos grupos e movimentos de servidores, de gente que
luta por vida abundante para todos.
Na entusiasmada catequese que desenvolve na
manhã de pentecostes, Pedro sublinha que Jesus andou por toda parte fazendo o
bem e agindo sem medo, apesar da violência que havia levado João Batista à
morte. Enfatiza que Deus estava com ele, inclusive no vazio e escuro da cruz,
quando parecia havê-lo abandonado. Ensina que Deus o ressuscitou dos mortos, e
transformou em juiz aquele que fora réu de morte. E lembra que os discípulos e
discípulas, apesar da dificuldade de acreditar nele e da permanente tentação de
abandoná-lo, são constituídos testemunhas e pregadores dessa Boa Notícia.
Jesus de Nazaré, filho amado de Deus, irmão
querido da humanidade! Aqui estamos reunidos para festejar contigo, para
celebrar a festa dos pequenos. É uma festa que não serve os bens roubados aos
fracos e não ostenta a indiferença de quem esqueceu que a luta continua. É com
alegria que descobrimos que o mistério da vida ressuscitada não é uma mentira,
e se dissemina em tantas pessoas e grupos, inclusive
naqueles que não te reconhecem explicitamente. Por isso, celebramos nossa
páscoa na tua páscoa, e saímos apressados para testemunhar que a vida é mais
forte que a morte e que o amor é imortal. Assim seja! Amém!
Itacir Brassiani msf
SÁBADO SANTO
A descida do Senhor à mansão dos mortos
Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a
terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o
Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito
homem adormeceu e acordou os que dormiam há séculos. Deus morreu na carne e
despertou a mansão dos mortos.
Ele vai antes de tudo à procura de Adão, nosso primeiro pai,
a ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e
na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos,
agora libertos dos sofrimentos.
O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a
arma da cruz vitoriosa. Quando Adão, nosso primeiro pai, o viu, exclamou para
todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: “O meu Senhor está no
meio de nós”. E Cristo respondeu a Adão: “E com teu espírito”. E tomando-o pela
mão, disse: “Acorda, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te
iluminará.
Eu sou o teu Deus, que por tua causa me tornei teu filho;
por ti e por aqueles que nasceram de ti, agora digo, e com todo o meu poder,
ordeno aos que estavam na prisão: ‘Saí!’; e aos que jaziam nas trevas: ‘Vinde
para a luz!’; e aos entorpecidos: ‘Levantai-vos!’
Eu te ordeno: Acorda, tu que dormes, porque não te criei
para permaneceres na mansão dos mortos. Levanta-te dentre os mortos; eu sou a
vida dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos; levanta-te, ó minha imagem,
tu que foste criado à minha semelhança. Levanta-te, saiamos daqui; tu em mim e
eu em ti, somos uma só e indivisível pessoa.
Por ti, eu, o teu Deus, me tornei teu filho; por ti, eu, o
Senhor, tomei tua condição de escravo. Por ti, eu, que habito no mais alto dos
céus, desci à terra e fui até mesmo sepultado debaixo da terra; por ti, feito
homem, tornei-me como alguém sem apoio, abandonado entre os mortos. Por ti, que
deixaste o jardim do paraíso, ao sair de um jardim fui entregue aos judeus e
num jardim, crucificado.
Vê em meu rosto os escarros que por ti recebi, para
restituir-te o sopro da vida original. Vê na minha face as bofetadas que levei
para restaurar, conforme à minha imagem, tua beleza corrompida.
Vê em minhas costas as marcas dos açoites que suportei por
ti para retirar de teus ombros o peso dos pecados. Vê minhas mãos fortemente
pregadas à árvore da cruz, por causa de ti, como outrora estendeste
levianamente as tuas mãos para a árvore do paraíso.
Adormeci na cruz e por tua causa a lança penetrou no meu
lado, como Eva surgiu do teu, ao adormeceres no paraíso. Meu lado curou a dor
do teu lado. Meu sono vai arrancar-te do sono da morte. Minha lança deteve a
lança que estava dirigida contra ti.
Levanta-te, vamos daqui. O inimigo te expulsou da terra do
paraíso; eu, porém, já não te coloco no paraíso mas num trono celeste. O
inimigo afastou de ti a árvore, símbolo da vida; eu, porém, que sou a vida,
estou agora junto de ti. Constituí anjos que, como servos, te guardassem;
ordeno agora que eles te adorem como Deus, embora não sejas Deus.
Está preparado o trono dos querubins, prontos e a postos os
mensageiros, construído o leito nupcial, preparado o banquete, as mansões e os
tabernáculos eternos adornados, abertos os tesouros de todos os bens e o reino
dos céus preparado para ti desde toda a eternidade”.
De uma antiga Homilia no grande Sábado Santo
Liturgia das horas
sábado, 24 de março de 2018
VIDA CRISTÃ
Tesouros inesgotáveis da fé católica
1º A ORAÇÃO
“A oração é um impulso do coração, é um simples olhar
lançado ao céu, um grito de reconhecimento e amor no meio da provação ou no
meio da alegria” (Sta. Teresa do Menino Jesus).
“A oração é a elevação da alma a Deus ou o pedido a Deus dos
bens convenientes” (São João Damasceno).
A oração é um dom de Deus, onde Ele quer estabelecer uma
profunda e íntima comunhão com o ser humano, pode se dizer que é uma graça
concedida pelo próprio Deus. E para que esta oração, que é um diálogo com Deus,
aconteça é necessário o dom da fé. Em Hb 11, 6, diz que: “sem fé é impossível
agradar a Deus, pois para se achegar a ele é necessário que se creia primeiro
que ele existe e que recompensa os que o procuram.”
A oração nos torna amigos de Deus. Por isso, a oração e as
suas práticas não podem se tornar um peso, mas deve trazer um desejo pelo
divino.
“A oração, quer saibamos ou não, é o encontro entre a sede
de Deus e a nossa. Deus tem sede de que nós tenhamos sede dele” (Sto.
Agostinho).
Estamos num mundo que tenta nos fazer olhar para a Terra e
não para as realidades celestiais. A oração é o caminho que nos faz lançar o
olhar para as coisas do Alto. Quem deseja encontrar o Amor de Deus deve
percorrer o caminho da oração, da experiência do encontro pessoal com Deus.
2º. A EUCARISTIA
A Eucaristia é fonte e ápice de toda a vida cristã. Os
demais sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e tarefas
apostólicas, se ligam à sagrada Eucaristia e a ela se ordenam. Pois a
santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, a saber, o
próprio Cristo, nossa Páscoa. Pela celebração Eucarística nós nos unimos à
liturgia do céu e antecipamos a vida eterna, quando Deus será tudo em todos
(cf. ICor 15,28).
Encontram-se no cerne da celebração da Eucaristia o pão e o
vinho, os quais, pelas palavras de Cristo e pela invocação do Espírito Santo,
se tornam o Corpo e o Sangue de Cristo. Fiel à ordem do Senhor, a Igreja
continua fazendo, em sua memória, até a sua volta gloriosa, o que ele fez na
véspera de sua paixão: “Tomou o pão…” “Tomou o cálice cheio de vinho…”
A presença do verdadeiro Corpo de Cristo e do verdadeiro
Sangue de Cristo neste sacramento não se pode descobrir pelos sentidos, diz São
Tomás, mas só com fé, baseada na autoridade de Deus.
O Senhor nos convida insistentemente a recebê-lo no
sacramento da Eucaristia: “Em verdade, em verdade, vos digo: ‘se não comerdes a
Carne do Filho do homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis a vida em vós’
(cf. Jo 6,53).
Um dos frutos da Comunhão Eucarística são:
– Aumenta a nossa união com Cristo. Receber a Eucaristia na
comunhão traz como fruto principal a união íntima com Cristo Jesus. Pois o
Senhor diz: “Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue permanece em mim e eu
nele” (cf. Jo 6,56).
– Separa-nos do pecado. Como o alimento corporal serve para
restaurar a perda das forças, a Eucaristia fortalece a caridade que, na vida
diária, tende a arrefecer; e esta caridade vivificada apaga os pecados veniais.
Pela mesma caridade que acende em nós, a Eucaristia nos preserva dos pecados
mortais futuros. Quanto mais participarmos da vida de Cristo e quanto mais
progredirmos em sua amizade, tanto mais difícil de ele separar-nos pelo pecado
mortal.
3º. A SAGRADA ESCRITURA
Na Sagrada Escritura, a Igreja encontra incessantemente seu
alimento e sua força, pois nela não acolhe somente uma palavra humana, mas o
que ela é realmente: a Palavra de Deus.
Os livros sagrados não devem ser apenas um livro de leitura
ou somente para um conhecimento intelectual, mas sim um livro para rezar e
meditar os mistérios revelados por Deus a cada um de nós.
Aqueles que desejam conhecer mais profundamente a Deus, deve
ter a Bíblia sagrada como um grande meio para se chegar ao conhecimento do Amor
de Deus.
A Sagrada Escritura é uma grande arma espiritual para
derrubar as forças de Satanás.
4º. O ROSÁRIO DA VIRGEM MARIA
A Virgem Maria é reconhecida e honrada como a verdadeira Mãe
de Deus e do Redentor. Ela é também verdadeiramente Mãe dos membros de Cristo,
porque cooperou pela caridade para que na Igreja nascessem os fiéis que são os
membros desta Cabeça.
O Rosário, de fato, ainda que caracterizado por sua
fisionomia mariana, em seu âmago é oração cristológica. Com ele, o povo cristão
frequenta a escola de Maria para deixar-se introduzir na contemplação da beleza
do rosto de Cristo e na experiência da profundidade de seu amor. Mediante o
Rosário, o cristão alcança a graça em abundância, como se a recebesse das
próprias mãos da Mãe do Redentor.
Todo católico deve estar na “escola” de Maria, pois Ela nos
apresenta a grande Verdade que é Jesus Cristo, o seu Filho. Aqueles que tem a
Virgem Maria como sua Mãe, tem uma grande intercessora em todos os momentos
difíceis da vida terrena.
Maria Santíssima nos leva para os braços de Seu Filho Jesus.
A abstinência e o jejum são formas de penitência interior.
Este tipo de penitência nos ajuda a dominar as nossas paixões carnais, que
muitas vezes nos conduzem ao pecado.
O jejum na Igreja Católica é obrigatório na quarta-feira de
cinzas e na sexta-feira santa. Fora esses dias, o católico pode fazer jejum
quando quiser e achar necessário. O jejum é deixar de fazer uma refeição no dia
(almoço ou jantar).
A abstinência de carne, o fiel católico a partir dos 14 anos
de idade deve abster-se de comer carne (e seus derivados) na Quarta-feira de
cinzas, na Sexta-feira Santa (da Paixão) e em todas as sextas-feiras do ano
(salvo se for dia de solenidade);
O jejum, o fiel católico a partir dos 18 anos até 59 anos de
idade deve deixar de fazer uma refeição no dia – devendo ser o almoço ou o
jantar, na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira da Paixão.
Aleteia
Do sacerdote salvista Pe. Wendel, através do blog Rumo à
Santidade
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