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By Ferramentas Blog

VOCAÇÃO

Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?


sábado, 20 de janeiro de 2018

DICAS PARA TER UM DIA FELIZ

12 dicas de como esquecer um dia ruim. Tente algumas delas, em vez de ficar pensando nas situações desagradáveis.

Image result for DIA FELIZDepois de um dia complicado, durante a pausa para comer ou até ao despertar: qualquer momento é bom para experimentar estes truques e disfrutar de boas vibrações. Qualquer que seja a razão, o importante é deixar de pensar durante alguns minutos – ou mais – no que te preocupa. Ao invés de ficar martelando as situações ruins na cabeça, escreva um diário de gratidão, vá correr pelo campo, leia um livro ou faça um bolo. Esses são alguns conselhos para você se desconectar, viajar nas nuvens e sorrir para a vida!

1.Escreva em um diário de gratidão

Manter um diário de gratidão permite recordar os momentos em que você se sentiu agraciado e é algo que ajuda a viver melhor. Agradecer significa reconhecer em Deus a origem de tudo que é bom. Claro, os momentos difíceis não vão desaparecer, mas você perceberá que até nas piores épocas há momentos de alegria. Por exemplo: quando seu filho ajuda a colocar a mesa ou quando seu esposo te encoraja antes de uma reunião difícil. Dê graças a Deus!

2. Pratique um esporte

O esporte é um boa válvula de escape. Uma forma de desafogar, de pensar em outra coisa. O esporte também tem uma vantagem: libera endorfina, um hormônio que estimula a sensação de prazer. Depois de correr, de nadar, de jogar tênis ou de fazer qualquer exercício, você vai se sentir menos tensa.



3. Mergulhe em um bom livro

Enquanto você lê, você concentra sua atenção em uma história diferente da sua. A leitura permite também a relativização de nossas circunstâncias. Depois de algumas páginas, podemos até pensar que aquilo que estamos vivendo, na realidade, não é tão grave.

4. Faça obras de caridade

Não se trata de enviar um cheque a uma instituição filantrópica, mas acender todos os dias pequenas faíscas de bondade: agradecer à vendedora, olhando para ela com um sorriso e com atenção, ajudando um deficiente a subir no ônibus, cedendo o lugar à mãe com bebê de colo… São várias ações deste tipo que você pode fazer. Com isso, você já tem uma bela receita para a felicidade!


5. Reze

Você tem que se dar um presente: reserve alguns minutos do seu dia para rezar. Por que não através de um aplicativo de meditação cristã? Deixe o resto de lado, principalmente as preocupações. Feche os olhos e, então, verá a olhar de Deus. Olhe bem, você estará com Ele…

6. Faça um passeio em meio à natureza

Na correria dia a dia, geralmente esquecemos de descansar e de estar em contato com a natureza. Nessa vida hiper-conectada, a volta às raízes e à simplicidade nos salva. Passeie por um bosque, às margens da água, respire profundamente, ouça a natureza e esqueça de tudo por um instante.

7. Satisfaça-se (de verdade)

Dê-se o capricho de uma joia, de um vestido bonito ou de um ramo de flores. Qualquer pretexto é bom para nos darmos um pouco de prazer. Cuide de você, dando-se, de vez em quando, um pequeno capricho que possa devolver seu sorriso. Mas cuidado para não exagerar, pois você pode correr o risco de perder os efeitos positivos dessa ação se ela se tornar um hábito.

8. Faça um bolo

Ao fazer um bolo, você mantém suas mãos e a mente ocupadas, pensando em outra coisa. Também é um prazer contemplar o fruto de seu trabalho e, lógico, saboreá-lo. Escolha uma receita nova, não muito complicada, para você se divertir também.

9. Passe um tempo com as crianças

As crianças têm uma inocência, que às vezes, nos convém reencontrar. Agir ignorando os prejuízos, sem se preocupar com o que os outros vão dizer, é uma promessa de diversão. Comece com uma sessão de cosquinhas, construa uma cabana e jogue-se ao chão para redescobrir sua alma de criança.

10. Ouça suas músicas favoritas

A música consegue nos transportar para outra parte. No carro, com os fones de ouvido ou com o aparelho de som em casa, escolha músicas alegres, para não cair na melancolia da música suave.

11. Deite-se e tire uma soneca para se esquecer de tudo

Às vezes, algumas dores são difíceis de esconder. E você sabia que as lágrimas também provocam o cansaço devido a questões físicas e hormonais? Portanto, talvez seja o momento de fechar os olhos e deixar-se levar pelo sono. Um tempinho de descanso faz bem para todo mundo…


12. Espalhe otimismo aos outros


Ajudar a alegrar os outros é uma forma de criar otimismo em nós mesmos. Inclusive, se o dia foi difícil, dar atenção a alguém pode te fazer sentir um pouco melhor. A felicidade dos outros é contagiosa. Um largo sorriso e umas boas gargalhadas são um bálsamo para o coração.

3º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Acreditamos que um outro mundo é possível e necessário?
Image result for 3 domingo do tempo comum ano bNo início do terceiro milênio, o Fórum Social Mundial nascia como um grito visceralmente evangélico: ‘Um outro mundo é possível’. E desde então o mundo não é mais o mesmo! As vozes e as mãos que anunciam e tecem alternativas se uniram, e o ‘mundo de Davos’, a contragosto, reconheceu que outras coisas estavam querendo nascer. Como não ver nesse grande laboratório de alternativas um eco daquilo que aconteceu às margens do mar da Galileia, dois mil anos antes? As palavras são outras, mas a perspectiva é a mesma: “O Reino de Deus está próximo! Convertam-se e acreditem nessa boa notícia!”
A primeira palavra que sai da boca de Jesus, o anúncio que resume sua pessoa e sua missão é: “O tempo se cumpriu: o Reino de Deus está próximo!” Ao lançar mão dessas palavras, Jesus sabe da força que tem no imaginário do seu povo. Com o conceito “Reino de Deus”, os profetas anunciavam o início de um novo céu e uma nova terra, o começo de uma nova sociedade, na qual idosos e crianças, trabalhadores do campo e da cidade, teriam lugar e seriam tratados como gente (cf. Is 65,17-25; Zc 8,1-23). O Reino de Deus era uma louca esperança que os profetas se encarregavam de manter viva.
Nos tempos de êxito ou de fracasso político-institucional de Israel essa esperança quase desaparece, sufocada pela ânsia de poder ou desmentida pela dura realidade. Mas sua semente promissora é teimosa e sempre cuidadosamente guardada e cultivada pelos pobres de Deus e seus aliados, por aqueles que esperam o ‘Dia do Senhor’. Na boca de Jesus, porém, este anúncio do Reino de Deus tem duas novidades: ele desloca o tempo do futuro para o presente e estabelece cada pessoa humana como seu protagonista. Para ele, o tempo de espera terminou, e o Reino está próximo, batendo à porta, é iminente.
Image result for 3 domingo do tempo comum ano bMesmo mantendo o princípio de que o reino é de Deus, Jesus não atribui sua realização exclusivamente a Deus ou a si mesmo. Certo, ele tem o papel de protagonista, mas também associa a si homens e mulheres que levam o Reino de Deus adiante. O Reino é tanto mais de Deus quanto mais tiver como protagonistas homens e mulheres comuns, livres e libertadores, despojados e solidários. É na ação de confirmar e promover a dignidade dos outros que as pessoas se tornam livres e que Deus reina. É por isso que, depois de fazer ressoar seu anúncio e de pedir o engajamento dos seus ouvintes, Jesus chama os primeiros discípulos. Ele não é um simples sonhador utópico e solitário!
O pré-requisito do chamado é a conversão, a ruptura com a mentalidade segundo a qual o mundo não tem jeito, a opressão sempre existiu e sempre existirá, a fé não tem nada a ver com a política, e assim por diante... Para acreditar que um outro mundo é possível, é necessário mudar os esquemas mentais, converter-se. Acolher o Reino de Deus e entrar na sua lógica é uma decisão que exige rupturas, e a primeira é com a segurança econômica. Por mais humilde e suspeito que fosse, o ofício de pescador oferecia uma certa segurança econômica, e os discípulos tiveram que começar rompendo com isso...
Image result for 3 domingo do tempo comum ano bJesus vê Simão, André, Tiago e João, e os convida a caminhar com ele, a serem discípulos e aprendizes. Mas, para isso, eles precisam romper também com a segurança social representada pela família. Deixando o pai, eles rompem com um modelo de família centrado na figura e no poder masculinos e se abrem a novas relações, menos piramidais e mais fraternas. E, rompendo com a ordem socioeconômica dominante, os discípulos entram na escola de Jesus e começam a assimilar um novo pensar e um novo agir. Em linguagem de hoje, os discípulos aderem a um estilo de vida alternativo.
Aceitar o convite e seguir Jesus é uma decisão tão inteligente quanto exigente. Inteligente, porque supõe discernimento sobre o caminho da realização pessoal e da libertação social. Exigente, porque implica em deixar o cômodo mundo privado e seus interesses estreitos e arriscar-se no tenso e disputado espaço público, tomando partido em favor dos pobres e, quando necessário, contra os poderosos e seus aliados. É isso que significa originalmente a surpreendente expressão “pescadores de homens”. Na linguagem profética, a pesca é o julgamento de Deus! (cf. Jr 16,16-18; Ez 29,1-16; Am 4,1-3)
Image result for 3 domingo do tempo comum ano bDeus pai e mãe, fonte e destino de todos os nossos sonhos! Ajuda-nos a perceber com alegria que tudo cambia, e que um outro mundo está nascendo nas mil ações dos discípulos e discípulas do teu Filho. Abre e cura nossos ouvidos, para que escutemos e acolhamos a Boa Notícia da proximidade do teu Reino. Envia sobre nós o teu Espírito, para que ele mude nossos rígidos e medrosos sistemas mentais e force a ruptura com as amarras que reciclam os poderes moribundos. E faz da tua Igreja uma comunidade de pescadores de gente, servidores do teu juízo crítico e libertador sobre os sistemas deste mundo. Assim seja! Amém!

Itacir Brassiani msf

sábado, 13 de janeiro de 2018

2º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Crer é caminhar com Jesus e participar da sua missão.
Image result for MISSÃO COM JESUSDepois de ter sido batizado no rio Jordão, Jesus não foi festejar ou tirar férias! O batismo marca o amadurecimento da sua consciência messiânica e sua estreia na missão de libertar a humanidade oprimida e escravizada. Somos hoje convidados a acompanhá-lo nos primeiros passos da sua missão, a deixar-nos interpelar pelo seu olhar, suas ações e suas palavras. Ele dirige a nós seu olhar acolhedor e questionador, e pergunta: “O que você está procurando?” Estas são as primeiras palavras que saem dos lábios de Jesus no evangelho segundo João! Mas também dirige a cada um de nós seu convite: “Vem comigo, vem ver e participar da minha intimidade e experimenta meu amor sem fronteiras...”
João Batista diz que não conhecia bem Jesus antes de tê-lo batizado (cf. 1,33). Vendo-o no rio, misturado a uma pequena multidão de gente marginalizada, humilde e bem intencionada, João vislumbrou em Jesus a Sabedoria de Deus na carne humana, o Amor de Deus acampado no meio de nós, um símbolo da Presença ativa de Deus na libertação dos antepassados, como o era o Cordeiro Pascal, ou o “bode expiatório”, o sujeito que atrai sobre si os pecados e violências sociais. João fala abertamente disso aos discípulos que o seguem, como que indicando uma nova e mais profunda fase da relação com Deus.
Image result for MISSÃO COM JESUSUm dia, vendo Jesus caminhando solitário e meditativo nos arredores de Betânia, perto do rio Jordão, o profeta João chamou a atenção dos próprios discípulos: “É dele que eu falei... Eis o Cordeiro de Deus...” João não apresenta Jesus como Messias, o líder ungido pelo Espírito para resgatar o povo, nem como Rei de Israel, como Filho de Deus ou como Senhor. O Batista busca na tradição ritual do povo de Israel a figura do Cordeiro, que era sacrificado para desculpar os pecados da comunidade. Na tradição espiritual e cultual de Israel, a figura do Cordeiro representa a mansidão, a inocência, a aliança e a entrega solidária.
Apresentando Jesus desse modo, João acrescenta que ele é aquele “que tira ou carrega o pecado do mundo”. Ou seja: Jesus não está aí para, em nome de Deus, jogar na cara dos homens e mulheres sua insuperável condição de pecadores, ou para recordar o passado, mas para atrair sobre si mesmo a violência que tende a explodir sobre os mais fracos e para abrir um caminho de liberdade e de comunhão. Nas palavras de João Batista transparece a intuição de que o Messias esperado age mais como amigo que como juiz, mais como irmão que como acusador, mais como companheiro que como chefe.
Ouvindo as breves palavras com as quais João apresenta aquele jovem galileu até então incógnito, dois discípulos de João deixam-no e se põem a caminho, seguindo Jesus. Aproximam-se dele sem dizer nada, um pouco curiosos, um pouco tímidos. Um se chama André e é irmão de Simão, que conhecemos como Pedro. Eles entram no caminho de Jesus acatando a indicação de João Batista. Não terá sido fácil deixar o mestre já conhecido e sua pregação clara e interpeladora para seguir um jovem até então desconhecido... E Jesus nem os havia chamado, como costumavam fazer os demais mestres...
Image result for MISSÃO COM JESUSNum dado momento, percebendo que André e o outro seguiam-no já há algum tempo, Jesus se volta e lhes pergunta: “Que procurais?” Não pede o que pensam dele, mas interroga sobre os interesses e expectativas que os movem. A resposta deles é curta e objetiva: “Mestre, onde moras?” Eles desejam passar ao seu campo de influência, aprender a partir da convivência e da experiência, participar da sua intimidade e da sua missão. E Jesus os convida a ir e ver, a descobrir como nele a Palavra de Deus se torna carne. E eles vão, começam a viver com Jesus, para sempre membros do seu corpo.
Profundamente impressionados com aquilo que viram e experimentaram, os novos discípulos espalham a notícia. André vai buscar seu irmão Pedro, que como ele, tinha vindo de Betsaida para escutar e seguir João Batista, e anuncia-lhe a boa notícia: “Encontramos o Cristo!” E leva-o a Jesus, que dirige um olhar amoroso e profundo a um Pedro que permanece rígido como uma pedra... Pedro havia rompido com o status quo e esperava o Messias, mas terá que mudar sua ideia de um Messias guerreiro e assimilar a imagem de um Messias Cordeiro. Será um processo difícil e exigente, que levará mais de três anos...
Image result for MISSÃO COM JESUSAmado e querido Jesus, filho de José e Cordeiro de Deus: Como André, queremos entrar na tenda que armaste entre os pobres e te conhecer. Livra-nos da passividade e do silêncio resistentes de Pedro. Salva tua Igreja da rigidez, do fechamento e da autossuficiência, verdadeira pedra de tropeço para aqueles que te buscam com coração sincero. Acorda-nos da ilusão de sermos maioria, do repouso tranquilo sobre as glórias do passado, da falta de atenção à tua Palavra viva e eficaz. E acolhe-nos na tua intimidade, para que, caminhando contigo e sendo membros do teu corpo, vejamos e acreditemos! Assim seja! Amém!

Itacir Brassiani msf

sábado, 6 de janeiro de 2018

SEJA VOCÊ UMA EPIFANIA

Image result for EPIFANIAEpifania… Uma linda palavra, não é mesmo? Para nós, católicos, a Epifania significa a festa da manifestação de Jesus Cristo aos três Reis Magos. Em outras interpretações do termo, no entanto, uma epifania é o momento em que uma grande ideia ou lampejo ocorre a alguém ("Tive uma epifania ontem à noite…"). Ambos os sentidos encontram a sua raiz no verbo grego que significa “revelar”. Em nosso caso, “A Epifania”, com maiúsculas, é o fato de que Deus se revela ao mundo no Menino Jesus. Todas as outras epifanias são pálidas em comparação com esta.

Mateus narra a Epifania com riqueza de detalhes, lançando mão de outras pequenas epifanias ou revelações que adicionam beleza ao evento principal. Sobre qual desses detalhes será que vamos falar hoje?

Que tal sobre o rei Herodes, que representa os poderes civis do mundo? Ele fica obviamente perturbado com a profecia e tem medo de perder o seu poder. Por isso, ele quer matar o Rei dos Reis. Nós ainda vemos, infelizmente, manifestações desse tipo o tempo todo em nosso mundo, por parte das autoridades civis que tentam matar o Evangelho.
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E que tal falarmos da estrela? A estrela no céu, visível para todos aqueles que procuravam o conhecimento (a verdade), serve para nos lembrar de que Deus sempre guia a todos para Si. Vivemos num mundo em que as pessoas tantas vezes pensam que a verdade está no fundo delas mesmas; embora a reflexão sobre si próprio seja muitas vezes uma coisa boa, o fato é que as pessoas, ultimamente, precisam olhar mais para fora delas mesmas e para o céu a fim de enxergar que Deus brilha para quem olha para cima.

Image result for EPIFANIAE quanto aos Reis Magos? Esses gentios (ou seja, não judeus) são para nós um sinal de que, através do nascimento de Jesus, o relacionamento especial de Deus com os judeus estava sendo estendido a todo o mundo. Aqueles reis, sábios porque honestamente procuravam a verdade mesmo que ela desafiasse as suas crenças antigas, se ajoelharam diante do Rei dos Reis em adoração. Ao fazerem isso, eles nos deram o exemplo de como procurar pelo Senhor e de como comportar-nos em Sua presença.

E os presentes dos Reis Magos, o ouro, o incenso e a mirra? Esses três presentes (a partir dos quais inferimos que os Reis Magos eram três, embora o número deles não seja explicitado) nos dizem quem é aquela criança. O ouro significa que Ele é rei; o incenso significa que Ele é sacerdote e intercede junto a Deus em nosso favor; e a mirra, especiaria usada no embalsamamento, atesta que Jesus sofreria e morreria pelos nossos pecados. Mas disso tudo nós já sabemos.

Que tal então falarmos dos “nossos” presentes a Ele?



Image result for EPIFANIADeus nos deu o maior de todos os presentes, já que nos entregou o Seu Filho; e nós, assim como os Reis Magos, fazemos muito bem em querer retribuir. Não é que Jesus precise de presentes nossos; nós é que precisamos presenteá-lo para crescermos em nosso relacionamento com Ele. Na falta de ouro, incenso e mirra, que, normalmente, não estão disponíveis nas lojas de conveniência, nós podemos oferecer os nossos próprios presentes pessoais. Podemos dar a Ele coisas materiais (equivalentes ao ouro do Reis Magos) e, assim, nos lembrar de que tudo o que temos pertence ao Rei dos Reis. Podemos dar a Ele as nossas orações (o nosso incenso), tanto orando por nós mesmos quanto pelos outros, a fim de nos lembrarmos do quanto é importante ficar em diálogo com Deus. Por fim, podemos dar a Jesus os nossos sofrimentos e aflições (a mirra), o que nos recorda que, apesar de ser verdade que nós sofremos neste mundo, o sofrimento não precisa nos deixar amargurados, já que a Cruz de Cristo o transforma em esperança.
E quanto ao cenário? Todas as coisas citadas acima são dignas de contemplação, mas, para hoje, eu gostaria de sugerir que nos concentrássemos neste aspecto da Epifania: o cenário.

Comemoramos o Natal tantas vezes que é fácil nos esquecermos da sua magnitude. O Deus do Universo, infinito, todo-poderoso e eterno, desceu dos céus e se fez homem por amor a nós. Mas não apenas homem: ele se fez bebê! Profetas e anjos, durante séculos, proclamaram a Palavra de Deus, mas Deus sabia que nós, em nossa teimosia, precisávamos realmente vê-lo e ouvi-lo; assim, Ele veio a este mundo como um bebê para compartilhar a nossa experiência humana e para que nós pudéssemos relacionar-nos com Ele.


Este grande evento não aconteceu dentro de um grande templo, nem de um palácio, nem de qualquer outro local grandioso. Aconteceu num estábulo, com ninguém por perto a não ser a Sagrada Família. Nem mesmo o mais sábio de todos os sábios poderia ter previsto algo tão humilhante e ridículo. Além disso, quando os Reis Magos viajaram seguindo uma estrela milagrosa no céu, eles muito dificilmente devem ter imaginado que seriam levados até uma pequena cidade na periferia da capital, nem a um abrigo tão simplório. Que coisa mais ordinária! E foi exatamente esse, no entanto, o lugar onde eles encontraram o Rei dos Reis.

Talvez esta seja uma das maiores epifanias da Epifania. Num mundo de brilho, glamour e espetáculo, é fácil pensarmos que qualquer coisa que vale a pena ter ou fazer tem que ser grande e espetacular. Somos tentados a pensar que, para tocar no divino, precisamos fazer grandes coisas e ir para grandes lugares. Não estou sugerindo de forma alguma que não há espaço para as grandes coisas. Tanto vamos a igrejas e capelas grandes quanto pequenas para nos inspirar e para adorar a Deus e ser alimentados por Ele, mas temos que nos lembrar sempre de que o Rei dos Reis não fica restrito àquelas paredes.
 
Jesus Cristo se encontra nas pessoas e nos acontecimentos comuns da nossa vida e nós somos chamados a reconhecer e ampliar essa realidade. Os sábios deste mundo, homens e mulheres que procuram a verdade, podem não estar seguindo uma estrela nem se sentindo atraídos a entrar numa grande igreja, mas eles podem encontrar você!

A Epifania não é simplesmente algo que aconteceu uma única vez, há mais de dois mil anos, e sim um evento que deve repetir-se em nossa vida de todos os dias, em cujo decorrer nos transformamos em ocasiões para que os outros encontrem a Cristo.


Seja uma epifania!