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By Ferramentas Blog

VOCAÇÃO

Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?


domingo, 26 de dezembro de 2010

Feliz Natal!

Queremos desejar a todos nossos amigos leitores uma ótima e santa semana, contemplando os mistérios do Natal de Jesus, festa que se prolonga em toda a Oitava.
Rezamos por vocês

Comentando a Regra do Carmo *

A REGRA DO CARMO E O NATAL


A Regra dos carmelitas pede-nos para que vivamos em obséquio de Jesus Cristo, Jesus Cristo que no Natal se fez homem, se tornou pequeno, tomando a forma de uma criança. Seguimos a um Deus encarnado na história humana, um Deus que se fez homem, igual a nós, exceto no pecado. O Natal no Carmelo enche-se de humanismo, aquele humanismo que nos pediu Santa Teresa, enche-se de ternura, de alegria, porque seguimos a Jesus que se fez pequeno para nos salvar. Vivendo os três conselhos evangélicos, os votos; o presépio nos inspira cada um deles: Deus nasceu de uma virgem e permaneceu virgem por toda a vida; Deus se fez obediente aceitando o plano do Pai para se tornar homem e salvar a humanidade, e, Deus se fez pobre nascendo numa família pobre, nada mais pobre que a gruta de Belém.

O Carmelo no Natal enche-se de uma atmosfera toda especial. Em nossos compromissos diários há um clima todo especial, é a ternura de Belém que se encarna em nosso meio. No Advento, tudo são preparativos para a grande solenidade do Natal. Desde nossas celas e toda a casa são revestidas de preparativos. Nossas refeições revestem-se de alegria e partilha fraterna dos dons recebidos de Deus, dos irmãos e de nosso trabalho. A Liturgia é cheia de música e louvores, pois Deus se fez Homem para que o homem participasse da divindade, se fizesse Deus. A Eucaristia como a Liturgia das horas revestem-se de uma solenidade toda especial. Tudo cuidadosamente ornamentado são alegria e ação de graças. Na casa toda brilham presépios delicadamente preparados pela criatividade de cada irmã. O ritmo do dia a dia muda, e nestes dias que seguem ao Natal, são as férias das carmelitas. Não vamos a lugar nenhum, somente ao nosso coração onde devemos orar sempre, e nossa mente, nosso espírito, nossa alma, nosso corpo repousa no Senhor, Deus da vida, por nosso amor encarnado.

Natal no Carmelo é alegria e paz na simplicidade de um Deus que quis caminhar conosco, redimir nossas vidas. Natal no Carmelo é plenitude, pois Deus está no meio de nós. Pela oração contínua e o atendimento às pessoas que nos procuram, procuramos que nossa experiência do Natal extrapole os muros do convento e atinja o mundo inteiro que tanto necessita da salvação de nosso Deus, Deus que veio até nós para que nós pudéssemos chegar até Ele sem medo e com muita confiança. Que o Natal seja de fato vivido na comunhão dos bens e da alegria para todos. Que o Natal nos leve a lutar por um mundo irmão, solidário, amigo, onde todos estejam felizes e realizados, e que neste mundo haja um lugar para Deus, pois Ele não o encontrou na noite santa do seu nascimento e teve que nascer entre animais e no frio. FELIZ NATAL!!!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Comentando a Regra do Carmo *

“Edifique-se uma capela no meio das celas, onde mais comodamente for possível, na qual deveis reunir-vos todos os dias de manhã para ouvir missa, onde isso comodamente se puder fazer” (Regra 12).


A capela no centro das celas é o lugar de oração, centralidade na vida dos carmelitas. A capela no centro lembra Ezequiel 48,8: “No meio das tribos deve estar o santuário” e Ezequiel 48,35: “A presença do Senhor no meio de vós”. Evoca a cidade idealizada de Jerusalém. Evoca também a presença de Maria no meio dos apóstolos (At 1,14), pois a capela era dedicada a “Santa Maria”.

A oração pessoal feita pela meditação da lei do Senhor, a comunhão dos bens, deve ser alimentada diariamente pela Eucaristia, onde isso for possível fazer. A Regra do Carmo não obriga a fazer as coisas tal e qual se diz na letra. A Regra do Carmo é uma regra muito humana e compreensiva. A Eucaristia, fonte e cume da vida cristã é o alimento que sustenta toda vida cristã. Também deve sustentar a vida da carmelita que em primeiro lugar também é cristã. Ainda hoje em todas as comunidades carmelitanas se celebra diariamente a Eucaristia. E o celebrá-la diariamente é uma das exigências que se faz a diocese que pede um Carmelo. No centro da vida da carmelita está a Eucaristia, onde celebramos a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, a doação que Ele fez da sua vida por todos nós.

Ir. Rejane Maria

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Comentando a Regra do Carmo *

“Nenhum irmão diga que tem alguma coisa própria, mas tudo entre vós seja comum (cf. At 4,32; 2,44) e se distribua por mão do Prior ou do irmão por ele escolhido para esse ofício, dando a cada um o que lhe faltar (cf. At 4,35), ponderando as idades e necessidades de cada um” (Regra 10).


Dentro do conjunto dos números de 8 a 11, este número está no centro. “É o miolo do miolo!” Este número é a porta de entrada para o ideal. É o número onde se chega ao miolo do ideal de fraternidade e o concretiza.

Esta comunhão de bens não tem finalidade em si mesma, mas está a serviço: empurra os carmelitas para o lado dos “menores”; assim eram chamados os pobres naquela época; “empurra-os para dentro da Igreja que se renova; empurra-os para a fraternidade efetiva e para a Missão de Evangelizar ou de ser testemunhas vivas do Evangelho.

A fraternidade assim vivida é semente e amostra da nova sociedade:

1. Eles já não servem ao senhor feudal, mas servem a Jesus e a Nossa Senhora, e são irmãos entre si.

2. Não são como as dioceses e mosteiros, mas vivem perto do povo e concretizam para eles o Evangelho e a vida apostólica.

3. Esta vida é semente alternativa de uma nova sociedade, amostra do projeto de Deus. Tinha dimensões políticas dentro da sociedade daquele tempo.

Não é o lucro, mas a necessidade que determinam tanto a posse quanto a distribuição dos bens:

1. A comunhão de bens é a consequência concreta e vivida da meditação e da observância da Palavra de Deus: ‘Não basta dizer: Senhor, Senhor!’

2. O amor de Deus faz com que o amor ao próximo chegue a ter uma base e uma expressão bem concreta: ‘Ninguém diga: é meu!’ Tudo é de todos! Distribuição por um responsável. Os bens em comum eram coisas simples: as coisas que recebiam do povo; burros e galinhas (para trabalho e viagem), fruto do trabalho (roçado em torno das celas), trabalho manual para poder viver”.

3. Lembramos “aqui o episódio de Ananias e Safira (Atos 5,1-11): abusar da comunidade dá morte. A comunidade é o santuário, a arca da aliança de Deus com os homens.

4. O voto de pobreza não é só meio de ascese para poder rezar melhor, mas é também e sobretudo a forma concreta de se contestar a divisão da sociedade em classes” ( A REGRA DO CARMO pág. 64).

Assim era naquele tempo, e hoje, como é? Esta pergunta deve estar na mente de quem lê este texto. O sentido continua sendo o mesmo. Tudo que entra no Carmelo, mesmo destinado a uma irmã é da comunidade. Ela pode ficar se tiver necessidade. Tudo continua sendo de todas. A nossa pobreza continua sendo denuncia de um mundo organizado pela injustiça onde uns poucos têm tudo e outros passando necessidade. Mas, porque isso? Por Deus criou o mundo para todos. Ainda hoje as coisas continuam sendo distribuídas pela Priora ou por irmãs designadas por ela, e é dado a cada uma conforme a necessidade. Isto não é sinônimo de privilégios, mas de justiça e fraternidade, que olha também para os mais necessitados. Ainda hoje o Carmelo é ajudado pelo povo, e o povo de Santo Ângelo é muito generoso. Devemos muito a este povo e retribuímos com nossa oração por eles. Mas, que coisas são partilhadas? Tudo o que se precisa para viver num mundo pós-moderno, de uma caneta e papel a um computador, do trabalho mais simples ao serviço de coordenação. É verdade nem todas fazem tudo, porque é próprio de nossa pobreza servir em qualquer ofício onde Deus nos colocar pela mão da Priora que a tudo coordena.

Ir. Rejane Maria

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010


Desejamos a todos nossos leitores um bom Advento, repleto das luzes do Espírito, a fim de que a vinda de Deus não seja despercebida na simplicidade do dia a dia.
Deus assumiu nossa carne, para ensinar-nos o jeito certo de ser pessoa, em Jesus temos um modelo "imitável".
Da mão de José e Maria, preparemos o coração, e acolhamos o Reino que vem no silêncio, no anonimato, sem barulho, sem ostentação

Comentando a Regra do Carmo *


“Os que souberem recitar as Horas canônicas com os clérigos as recitarão conforme os estatutos dos santos Padres e o costume pela Igreja aprovado.



Aqueles que não souberem recitar dirão por Matinas vinte e cinco vezes o pai-nosso, exceto nos domingos e festas solenes, em cujas Matinas determinamos que se dobre o número, de sorte que se diga o pai-nosso por cinquenta vezes. Pelas Laudes matutinas, dir-se-ão sete e outras tantas por cada uma das outras Horas, exceto Vésperas, pelas quais se rezará quinze vezes a dita oração” (Regra 9).

No texto original de 1207 se diz “os que sabem ler salmos” e “os que não sabem ler salmos”. No texto de 1247, “os que sabem dizer as horas canônicas com os clérigos”. No Monte Carmelo os carmelitas eram vistos como leigos dos quais alguns sabiam ler e outros não. Agora, “saber ler” é sinônimo de “clérigo” e “não saber ler” sinônimo de “irmão leigo”. O Carmelo na sua originalidade é uma Ordem leiga. Somente mais tarde começaram a fazer parte clérigos, isto é, padres. Esta divisão entre clérigos e leigos perdurou até o Concílio Vaticano II, que pediu para os institutos religiosos uma única categoria de religiosos. Voltou-se ao que na originalidade prescrevia a Regra, que dava direitos iguais a todos. Também entre as irmãs carmelitas havia as “irmãs do coro” e as “irmãs leigas” que rezavam os pai-nosso e assumiam os trabalhos mais humildes e pesados. É preciso agradecer esta mudança que se fez na Vida Religiosa.

As Horas canônicas de que fala a Regra é a Liturgia das Horas que se reza ainda hoje, e é composta por sete momentos de oração durante o dia e a noite, os quais são: Laudes (oração da manhã), Hora Média (oração das nove horas, das doze horas e das quinze horas) Vésperas (oração da tarde) Completas e Ofício de Leituras. A Liturgia das Horas na originalidade era rezada pelos leigos; depois passou a ser rezada só pelos religiosos e padres. Hoje, lentamente os leigos estão voltando a rezar as Horas. O sentido destas orações é de santificar todas as horas do dia e oferecer a Deus toda atividade humana. Nós, consagrados as rezamos em nome de todos e por todos