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By Ferramentas Blog

VOCAÇÃO

Já pensou alguma vez que você é chamado a se comprometer com o Reino de Deus aqui na terra? Já pensou em comprometer-se com o próximo de algum jeito particular? Já pensou que esse jeito pode ser o
do Carmelo?


sexta-feira, 19 de novembro de 2010


Sejamos amigos fortes de Deus!

O seu coração misericordioso espera por nós. Ele proteje cada um de seus filhos, por isso, coloque-se nas mãos d'Ele, e abandone-se em seu amor, sem deixar de manifestar sua ternura e compaixão aos irmãos

Comentando a Regra do Carmo

“Permaneça cada um na sua cela ou junto dela, meditando dia e noite na lei do Senhor (cf. Sl 1,2; Js 1,8) e velando em oração (cf. 1Pd 4,7), a não ser que se ache legitimamente ocupado em outros afazeres” (Regra 8).


 
Este número da Regra é de fácil compreensão, mas muito exigente para ser cumprido, pois se trata de meditar toda a Bíblia e estar em contínua oração, a não que se esteja legitimamente ocupada com outra tarefa. Permanecer na cela, meditar e vigiar tem duplo sentido. Permanecer na cela diz respeito onde deve estar o corpo; meditar e vigiar diz respeito onde a mente deve estar. É uma tarefa individual que cada uma deve realizar dentro da comunidade. É sempre a mesma dimensão da vida carmelitana que reaparece de novo, a vida eremítica. É a vida se solidão preenchida pela Palavra de Deus.

No Monte Carmelo onde a Ordem dos Carmelitas nasceu tratava-se de grutas separadas. Hoje se trata como já vimos de simples quartos. É o espaço físico para a solidão, a vida eremítica. Lembra também a “cela interior”, pois solidão exterior sem solidão interior não tem nenhum sentido e não leva ao ideal proposto pela Regra.

O Carmelo refundado por Santa Teresa de Jesus tem este número da Regra como uma grande luz e missão de cada carmelita, pois a oração como a vocação é um caminho sem volta, pois tende sempre a progredir. A solidão e o silêncio é para a gente ver as coisas e fatos com os olhos de Deus. Santa Teresa dá à oração um sentido apostólico, é a missão das carmelitas e permanece sempre atual, pois as pessoas e a humanidade como um todo necessitam muito da oração, oração alimentada pela Palavra de Deus. Este número para mim pessoalmente é o mais lindo da Regra e o mais apreciado para vivê-lo.

sábado, 13 de novembro de 2010

Comentando a Regra do Carmo *

“A nenhum irmão seja lícito, sem licença do Prior atual, mudar ou trocar com outro o lugar que lhe foi designado. A cela do Prior esteja à entrada do convento, para que ele seja o primeiro que acorra a receber os que a ele vierem, e de seu arbítrio e disposição dependa tudo o que se houver de fazer” (Regra 7).


Como já vimos, este número traz a novidade para a Vida Religiosa. Ele permanece atual ainda hoje e é observado pelas Carmelitas refundadas por Santa Teresa. Ainda hoje a “cela” da Priora fica à entrada do Carmelo. Do seu consentimento com o das irmãs é nos dado uma “cela” como também já vimos. Na Regra em latim está locum que não significa exatamente cela, mas moradia. Aqui se compreende a real novidade para os eremitas que está em permanecer fiéis à comunidade. A obediência não é tanto de Prior para súdito, como fidelidade à comunidade. A Priora tem sim, na comunidade um papel importante. Dela depende tudo que se há de fazer, depende do seu consentimento. Aqui entra o voto de obediência. A comunidade em diálogo com a Priora decidem o rumo que a caminhada deve dar, o discernimento da vontade de Deus para a comunidade e cada irmã em particular, acolhe conforme sua caminhada pessoal a voz do Espírito Santo que a conduz no caminho de Deus.

Quanto ao Prior ter sua “cela” à entrada do convento, é para receber os visitantes e também os novos discípulos. Como eremitas cada um podia receber seus discípulos e agir como “pai espiritual”, agora é tarefa de toda a comunidade receber e discernir as vocações. Esta determinação lembra uma prescrição de Pacômio*: “Se alguém se apresenta na entrada da moradia com a intenção de renunciar ao mundo e juntar-se aos irmãos, não pode entrar sem mais nem menos, mas deve primeiro ser apresentado ao pai da moradia”.



* Pacômio é que reúne em comunidade os eremitas e dá-lhes uma Regra. Temos então a vida cenobítica.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Comentando a Regra do Carmo *

“Todavia tomareis, num refeitório comum, os alimentos que vos forem dados, ouvindo todos juntos uma lição da Sagrada Escritura, onde isto comodamente se possa observar” (Regra 6).

Este número foi acrescentado por Inocêncio IV e dá ênfase especial e maior ao aspecto fraterno da vida carmelitana: tomar a refeição em comum e ouvir a Bíblia em comum. “Na vida eremítica cada um vivia sozinho e cozinhava sozinho em sua cela. Lia e meditava a Bíblia sozinho na sua cela. Indo para a Europa e vivendo em convento, tornava-se impossível cada um ter a sua cozinha. Impondo o refeitório comum, Inocêncio IV acentua a vida fraterna e impede a volta para a vida eremítica afastada do povo” ( A REGRA DO CARMO). Até hoje, apesar de se misturarem no Carmelo Teresiano o aspecto eremítico e fraterno, ainda se toma as refeições, ─ o almoço e a janta ─ ouvindo uma leitura conforme a realidade que a comunidade está vivendo acompanhando o Tempo Litúrgico. O fato de tomar as refeições em comum é altamente fraterno e ao mesmo tempo dá um sentido todo especial ao voto de pobreza que professamos. Os alimentos e as coisas que recebemos, uma vez entrados no Carmelo são de todas e distribuídas entre todas conforme a necessidade. Tomar as refeições em um refeitório nos torna mais irmãs, partilhando os dons que recebemos e adquirimos com nosso trabalho.
Ir. Rejane María